É ser poeta, mulher
É um desvendar de arcanjos
Que não desvenda qualquer
É desfilar de bagas
É um colar feito de chagas
Aberto num coração
É um fugir de vaga-lumes
Com tanto brilho e tazlume
Que não vislumbra a razão
Amar é viver sozinho
Tendo alguém perto de si
É a pomba fazer o ninho
E a rolinha sempre ali
É um nunca fechar de braços
Que se estreita em abraços
E une dois corações
Um turbilhão de desejos
Que se desmancha em beijos
E passa como ilusões.
Assim em louca sequena
Nessa voragem fatal
Nossa alma vai de carreira
Bater na porta do mal
É como a leve falena
Queimando as asas sem pena
No derrador de uma luz
Vai tropeçando em quimera
Em busca de primavera
Cair nos braços da cruz
Amar é fechar os olhos
É ver-se o que não se vê
É caminhar entre abrolhos
Colhendo grinalda,
É até mesmo eu penso
Que a gente fica suspenso
Nas asas de um querubim
Vai voando e voando
Por entre estrelas passando
Naquelas plagas sem fim
Amar assim como eu amo
É um delírio talvez
Uma loucura não chamo
Por louco, não sou bem vez
É por força e mistério
Não sei que dia etério
Que não seja da onde é de vir
É uma atração de abismo
Aflui do magnetismo
Que sentimos sem sentir
Joaquim Bonfim Filho
É um delírio talvez
Uma loucura não chamo
Por louco, não sou bem vez
É por força e mistério
Não sei que dia etério
Que não seja da onde é de vir
É uma atração de abismo
Aflui do magnetismo
Que sentimos sem sentir
Joaquim Bonfim Filho
(DATIM BONFIM)
2 comentários:
Caro
Q bom ler seus textos por aqui...
Abço
Gislene
P.S.: meu blog ainda está ativo (http://mobilis.zip.net/)
Caríssima,
que bom ler novamente a sua voz - mesmo em trânsito ou principalmente em.
Obrigado pela visita e volte sempre![rs]
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